Se você gosta da filosofia espírita, está no lugar certo.
"Entre o bem e o mal não existe neutralidade.
De igual modo, não há miscibilidade ou transição entre a verdade e a mentira.
Escondemo-nos na sombra ou revelamo-nos na luz.
Quem não edifica o bem, só por essa omissão já está
forjando o mal, em forma de negligência."

Emmanuel - do livro O Espírito da Verdade

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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O SENTIDO DA VIDA

Você já reparou como é difícil, algumas vezes, ter respostas para algumas dúvidas do dia a dia? Ter respostas para essas perguntas que nos surgem quando estamos na fila do supermercado, ou escovando os dentes ou parados no sinaleiro, dentro da condução?


Você já não teve dessas perguntas que, um dia, sem pedir licença, entram em nossa mente e ficam rodando, rodando, até que desistimos delas, ou as guardamos no fundo, bem no fundo do baú de nossa mente?


Quem de nós já não se perguntou por que nascemos em situações tão diferentes? E quanto às nossas capacidades, será que Deus nos criou assim tão diferentes uns dos outros?


E por que Ele permite haver uns na Terra com tanto e outros com tão pouco? Ou ainda, por que pessoas boas sofrem, passam por provas, por dificuldades, dores?


Se Deus é soberanamente bom e justo, se Deus é, na profunda síntese do Evangelista, amor, qual a razão disso tudo? Qual o sentido de todas essas coisas, aparentemente tão incoerentes?


Na verdade, quando essas perguntas nos surgem, é nossa intimidade buscando respostas para o sentido da vida. São perguntas que a Filosofia vem se fazendo desde há muito, e que refletem o anseio que cada um de nós traz na intimidade: Afinal, qual o sentido da vida? Por que estamos aqui?


Deus, ao nos matricular na escola da vida, deseja de nós que o aprendizado aconteça. Como todo pai ao matricular seu filho na escola, Ele espera que aprendamos a lição.


Nos bancos escolares, nos matriculamos para aprender a escrever, a manipular os números, a entender um pouco as leis da Física, da Química e de tantas outras ciências. E na escola da vida, o que temos que aprender?


Jesus, no Seu profundo entendimento das Leis de Deus, foi firme ao nos ensinar que o maior mandamento da Lei do Pai é o do amor.


Assim, podemos entender que, quando matriculados na escola da vida, na escola que Deus nos oferece, Ele espera de nós essa única lição: aprender a amar.


Dessa forma, todas as oportunidades que a vida nos oferece, são oportunidades para aprendermos a amar. Seja na situação financeira difícil, ou no físico comprometido, estão aí, para nós, as melhores lições para amar.


A doença que nos surge, de maneira inesperada, é o convite à resignação e fé. O chefe difícil, intempestuoso, nos convida à compreensão.


O filho exigente é a oportunidade da paciência e do desvelo. O marido tirano, a esposa intransigente são os portadores do convite à humildade e compreensão.


A cada esquina, o que a vida nos oferece, seja da forma como ela nos oferece, sempre traz consigo oportunidade bendita do aprender a amar. Você já reparou nisso?


E o aprender a amar se faz no exercício diário desse sentimento, desdobrado nos inúmeros matizes que ele guarda em si, nas mais variadas virtudes que ele permite ser vivido.


Seja onde a vida nos colocar: no corpo doente, no lar carente, na família difícil, ali estará nossa melhor lição para amar.


Tenha sempre em mente que o maior sentido da vida é conseguir perceber e entender que ela guarda, em cada oportunidade, em cada desafio que nos oferece, bendita lição para aprender a conjugar o verbo amar.


Redação do Momento Espírita.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

ONDE ESTÁ A NOSSA FÉ ?

Podemos, de uma forma bem simples, entender a fé como a certeza de que Deus nos ama e que tudo que a vida nos apresenta é para nosso bem. Quantos discursos já não ouvimos em nome do poder de um pensamento positivo? Quantos artigos e livros já não lemos discorrendo sobre o poder da mente? Quantas e quantas vezes não ficamos demoradamente a refletir sobre essa força maravilhosa da fé? E, assim mesmo, quantas vezes nos falta esse sentimento quando nos deparamos com as dificuldades!

Não falo em nome de todos, isso é óbvio, mas acredito que para um grande número de pessoas isso acontece; a falta de fé.

A fé e o espiritismo

Aprendemos na doutrina espírita que nascemos, ou melhor, renascemos neste planeta para continuarmos nossa evolução espiritual. Isso quer dizer que aqui estamos para aprendermos novas lições, reaprendermos as não assimiladas, para conhecermos e superarmos nossas fraquezas, consolidarmos nossas virtudes, nos reabilitarmos perante aqueles que prejudicamos (nesta ou em outra encarnação) e perdoarmos quem nos agride, entre tantos outros propósitos que poderíamos enumerar. Observando a vida dessa forma, fica mais fácil compreendermos que, com tantas atividades inerentes ao nosso aprendizado, é natural que, de vez em quando, tenhamos alguns contratempos, alguns dissabores, desilusões e outros tipos de “dores”, como também teremos momentos de grande alegria e prazer. O tempo e a intensidade do nosso sofrimento ou prazer estará sempre relacionado com nossa forma de “sentir a vida”.

Já percebeu como reagimos de forma diferente aos acontecimentos ou situações da vida? Tomemos como exemplo um dia frio e chuvoso de inverno. Talvez um de nós diga que o dia está cinzento e feio e que fica muito triste num dia assim, enquanto outro possa sentir-se confortável e propenso a reflexões e ajustes no seu trabalho ou vida particular, e sinta até uma grande paz. Se perguntássemos a mais pessoas, outras opiniões divergiriam das nossas com toda a certeza.

Os “problemas” da vida se processam da mesma forma, pois dificuldades todos nós temos, momentos de incertezas, de dor, de inquietações são comuns a todos nós, só que a maneira de reagirmos a eles é que diferem. É a força da nossa fé que vai fazer com que o sofrimento dure um maior ou menor tempo, e ainda, se ele existirá ou não.

Deus em nós

Podemos, de uma forma bem simples, entender a fé como a certeza de que Deus nos ama e que tudo que a vida nos apresenta é para nosso bem, tudo mesmo. Compreendendo a vida atual como uma sala de aula e nós como alunos aplicados, fica fácil entender que quanto mais nos aplicarmos aos estudos, mais fácil ficará o aprendizado e mais tranqüila as provas de conhecimento. Falar, bem sei que é fácil, mas, ter a confiança de que somos orientados e conduzidos por mãos hábeis e bondosas não é impossível, pois precisamos analisar se acreditamos ou não em Deus.

Cada um de nós deve ter uma concepção diferente de Deus, mas seja ela como for, é de grande importância que nos habituemos a sentir a presença Divina em todos os momentos; tanto nos de alegria como nos de tristeza, nos de paz ou de guerra; quando estivermos agindo bem e quando não estivermos também. Se vivermos de acordo com a base religiosa que todos nós temos, se colocarmos realmente em prática o “seja feita a Tua vontade”, viveremos então com fé e sentiremos a Presença Divina em nós.

A observação das leis da vida é muito importante, mas é na prática delas que conheceremos seus resultados, e já que todos nós entendemos o valor da fé, façamos nosso dever de casa vivendo com entusiasmo e com a certeza de que a paz, o amor e a alegria são nossa meta final.

Escrito por Humberto Pazian
Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 21.

sábado, 7 de novembro de 2009

PORQUE SOFREMOS

"Felizes os que choram, porque serão consolados" (Mateus 5:4)

A vida na Terra é uma luta constante. Desde que nascemos, ou renascemos, até a desencarnação, estamos sempre diante de dificuldades, desafios, obstáculos a vencer. Por que é assim? A causa da dor tem sido motivo de estudos, pesquisas dos pensadores em todas as épocas. A Doutrina Espírita nos ensina que o sofrimento é o preço da evolução espiritual, do desenvolvimento de nossas potencialidades. Toda a vida da natureza em evolução está baseada numa espécie de sofrimento sadio. O embrião ao romper a casca, na germinação, atravessar a terra em busca da luz do sol, lembra trabalho, luta, uma espécie de sofrimento. Se um ferimento não causasse dor, por certo seria difícil manter a integridade do corpo físico. Não receberíamos os avisos indispensáveis para cuidarmos da parte lesada. A dor física acusa algum distúrbio, algo funcionando mal na máquina orgânica. A dor moral (medo, angústia, ansiedade, insegurança, etc.) indica desequilíbrios no Espírito, na individualidade. Ambas as dores servem para informar que algo não está bem e que precisa ser corrigido.

Jesus promete felicidades aos que sofrem. Serão consolados, compensados. O resultado prometido pelo Mestre ocorrerá num futuro próximo, ou mais distante. Nesta vida, ou no plano espiritual, ou em vidas futuras. Com a experiência, o aprendizado, a depuração daí decorrente nos fará melhores entendedores da Lei Divina. Ensinar-nos- á a viver de acordo com a Lei, consequentemente, em harmonia, paz e segurança.

A causa da dor - A Doutrina Espírita nos esclarece que o sofrimento pode ser expiação, provação ou missão
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Expiação quando transgredimos às leis divinas e temos que reparar os danos. Agimos em desacordo com a Lei: ferimos, humilhamos, maltratamos, fazemos outros sofrerem. Teremos que reparar os males cometidos. É a Lei. A cada um segundo suas obras. Plantamos o mal, usando da nossa liberdade. Teremos, compulsoriamente, que colher os resultados correspondentes. "Quem com ferro fere, com ferro será ferido", disse o Mestre. Mas nem todo sofrimento é expiação.
No item 9, cap. V, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec assinala: "Não se deve crer, entretanto, que todo sofrimento porque se passa neste mundo seja necessariamente o indício de uma determinada falta: trata-se freqüentemente de simples provas escolhidas pelo Espírito para sua purificação, para acelerar o seu adiantamento". São claras as palavras do Codificador. Não estão corretos aqueles que generalizam e afirmam que todo sofrimento é resultado de erros praticados no passado. O desenvolvimento das potencialidades, a subida evolutiva, requer trabalho, esforço, superar desafios. É a provação. As tarefas a que o Espírito se submete, a seu próprio pedido, com vistas ao seu progresso, à conquista de um futuro melhor.
E há, ainda, o sofrimento-missão. Espíritos mais evoluídos que aceitam tarefas em planos inferiores, para ajudar os irmãos menos evoluídos. Como o professor que vai à sala de aula para orientar, para ajudar os educandos no seu aprendizado. O professor, ensinado, também aprende. O missionário ensinado, exemplificando o bem, sofre as incompreensões daqueles a quem está ajudando, mas também cresce em conhecimentos e em experiências.


Como sofrer? Não basta sofrer, é preciso saber sofrer. Se não tirarmos da luta, dos obstáculos superados, as lições que eles nos trazem, poderemos ficar repetindo a lição, como o aluno pouco inteligente, que perde tempo no aprendizado. A dor pode levar à revolta. A criatura se rebela, considera-se injustiçada, fica contra tudo e contra todos. Isto vai aumentar o seu sofrimento e até mesmo criar dores desnecessárias. Como a criança que faz birra ao tomar banho. Chora, bate com as mãos, com os pés, e acaba levando água com sabão aos olhos. A dor daí decorrente seria evitada sem a birra. O revoltado vai demorar mais para aprender. Os benefícios da dor chegarão mais tarde, quando dobrar o seu orgulho e se ajustar à Lei Divina.

Às vezes, a dor faz outro tipo de sofredor. São os conformistas. Pessoas que perdem o entusiasmo pela vida. Consideram-se vencidas, derrotadas. Daí por diante vão sendo levadas pelos acontecimentos, considerando-se incapazes de assumir a direção do que ocorre em suas vidas. Como se as dificuldades fossem maiores do que eles. Estes também retardarão as compensações prometidas por Jesus. Pela falta de confiança em Deus e em si mesmas, esquecidas de que "Deus não coloca fardos pesados em ombros fracos". Só um pouco mais tarde colherão os benefícios das lições consideradas, incorretamente, como difíceis demais.

E, finalmente, há aqueles que sabem sofrer. Não se revoltam nem se deixam abater pelos obstáculos. Mobilizam suas forças, vão à luta e conseguem superar as dificuldades. Como disse o poeta: "levantam, sacodem a poeira e dão a volta por cima". Aproveitam as lições que a dificuldade oferece, tornando-se mais experientes, valorizados, regenerados.
A mensagem do Espiritismo aos que sofrem é a mesma de Jesus, no Evangelho. O Mestre nos convida: "Vinde a mim, todos vós que vos encontrais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei".

Ir a Jesus é procurar conhecer e seguir seus ensinamentos. Esforçar-se para viver conforme Ele ensinou. É o estudo e o trabalho no bem. Estudo é a informação, a seta que indica o caminho. Mas só saber a direção a tomar, e não caminhar não adianta. É preciso experimentar, fazer como Ele nos ensinou. Se procurarmos agir assim, iremos encontrando o equilíbrio, a paz e o alívio para as nossas dores. Se ainda não estamos recebendo tais benefícios é porque ainda não nos empenhamos em praticar o que o Mestre nos ensinou, no Evangelho. Estamos, ainda, só na teoria, só na informação. Somos cristãos de rótulo, simples teóricos. Quando a vida nos oferece as situações para experimentarmos os princípios cristãos (tolerância, indulgência, perdão, auxílio desinteressado ao próximo) fracassamos porque aqueles princípios são em nós, apenas teoria. Não foram introjetados, conscientizados, apreendidos verdadeiramente.
À medida em que atendermos o amável convite de Jesus, e irmos à Ele, vivendo seus ensinamentos, estaremos encontrando o alívio desejado para as nossas dores.

José Argemiro da Silveira
Escritor e orador espírita, escreve para o jornal "Verdade e Luz" de Ribeirão Preto(SP)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

NUNCA ESTAMOS REALMENTE SÓS

Quem na vida nunca enfrentou dificuldades? Talvez alguém muito jovem, que ainda muito pouco viveu e que goze de uma boa estrutura familiar e escolar, possa dizer que nunca enfrentou uma situação difícil.
Com o passar do tempo, porém, à medida que a vida avança, são cada vez mais comuns as situações adversas.
Inúmeras são as dificuldades: a perda de um ente querido, a separação da família, a perda de um emprego que garante o sustento, os insucessos econômicos, as dificuldades no estudo.
Para cada um de nós situações diferentes representam diferentes graus de adversidade, mas todos lembramos facilmente delas.
Frequentemente despreparados para enfrentar tais situações, deixamo-nos levar por sentimentos de tristeza, de desespero e de impotência perante o fato.
Comumente, expomos nossa situação a familiares, amigos e, não raramente, pessoas não muito próximas, que se disponham a nos escutar.
Falando constantemente sobre o fato que nos preocupa permanecemos imersos nos sentimentos negativos, mantemos nossa mente agitada, entristecida e, até mesmo, revoltada.
Não faltam, nessas situações, opiniões diversas, de pessoas bem intencionadas, porém que nos deixam confusos, frequentemente sem encontrar uma solução.
Poucas são as pessoas que se recolhem e buscam em si mesmas a real causa de tal insucesso, tentando, a partir dessa reflexão, modificar seu comportamento, ou encontrar uma solução eficaz.
Muitos dizem se sentir sozinhos frente às dificuldades e, por este motivo, esperam opiniões e conselhos de todos aqueles que se dispuserem a dá-los.
Falsa ideia a da solidão. Aqueles que dela se queixam se esquecem de que temos, ao nosso lado, sempre pronto a nos ajudar, alguém que só quer o nosso bem.
Muitos de nós costumávamos pedir proteção a esse alguém, quando crianças, dirigindo-lhe uma prece, antes de dormir. Ao crescermos, esquecemos de tal atitude.
Nosso Espírito protetor ou anjo da guarda está sempre presente, desde nosso nascimento até quando, ao final da vida física, voltamos à pátria espiritual, podendo ainda nos acompanhar em futuras existências.
Silenciosamente, espera uma oportunidade de ser ouvido. Ele nos fala à mente e o podemos ouvir na forma de intuição ou de boas ideias.
Para que essas intuições ou ideias cheguem ao nosso consciente é necessário que tenhamos a mente pronta para as receber. Obviamente, em meio à agitação e aos sentimentos negativos não teremos paz de espírito para tal.
Tornamo-nos receptivos por meio do recolhimento, do silêncio, da oração, da meditação, ou dos sonhos durante um sono calmo.
São muitos os relatos dos que, depois de orar com real recolhimento e, portanto, sintonizando com o mundo espiritual que nos guia, encontraram uma solução, ou, pelo menos, consolo e paz diante de uma dificuldade.
* * *
Lembremo-nos sempre desse auxílio que Deus deixa à nossa disposição, e que não nos falta nunca.
Tenhamos a certeza de que, se um dia nos sentimos sem recurso, isto não é verdade, pois nunca estamos realmente sós!

Redação do Momento Espírita.